Os Comediantes
«A situação no Iraque "preocupa enormemente" o governo português mas não justifica um apelo ao regresso dos civis portugueses no país, declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros português, António Monteiro, em resposta a uma pergunta sobre se Portugal tenciona lançar um apelo semelhante ao que a Alemanha fez aos seus cidadãos no Iraque.»
Esta notícia divulgada ontem no site da Agência Lusa, já não causa, infelizmente perplexidade. As sucessivas provas de estupidez pura e simples por parte deste executivo, já não dão espaço a espanto. Mesmo quando os últimos dados apontam para uma centena de estrangeiros raptados nos últimos 7 meses em território iraquiano, 20 dos quais morreram, e duas dezenas continuam desaparecidos.
Mohammed Saeed al-Sahhaf, Ministro da Informação iraquiano à data do início da ofensiva militar que derrubaria Saddam Hussein, recebeu o cognome de Cómico Ali por se ter recusado até ao fim, a admitir a derrota do exército iraquiano. Que chamar então à administração norte-americana e aos seus apoiantes, que sempre insistiram na existência de armas de destruição maciça para legitimar uma guerra ilegítima? Que continuam a avançar com a data de Janeiro de 2005 para as primeiras eleições “livres” do pós-guerra, quando a guerra ainda não terminou e já outra se inicia. Que insistem em passar a mensagem de que tudo vai bem na velha Babilónia numa altura em que os números gritam uma outra realidade: cerca de 14 mil civis iraquianos e 1164 soldados da coligação mortos desde Março de 2003. E já agora o que dizer de Sua Excelência o Secretário-geral das Nações Unidas, que só agora descobriu que esta guerra é ilegítima? Talvez um calduço e um elucidativo “Troll” não fosse desapropriado de todo.
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